quarta-feira, 18 de março de 2009

Brincando com a Língua Portuguesa III

Este foi escrito por Fabio Henrique Gimenez Nagata
Sinceramente, sei sobre sua saudade.
Saudade sublime, sem similitude, sem sinonímia, sem semelhança.
Sentimentalmente, subconscientemente, solicito seu semblante, sua silhueta, sua sonoridade, seu suor, seus sortilégios.
Sensatamente, solitário sou, sei.
Serafins soam sirenes, saudando seu saracoteio, seu sapateado, seu samba.
Sacerdotisa, sabe sacudir sua saia sem ser safada, sendo sim, sapeca.
Seu sapato, sua sapatilha, sua sandália, singram solos, sugerindo superioridade.
Submisso, sorumbático, soturno, sombrio, suplico seu soslaio.
Sob sobrancelhas, safiras sinalizam: Sim ! Supercílios surreais...
Sorvo seu sorriso, subentendo seus sentidos.
Subserviente, sou seu soldado, sem salário.
Solenizo sua simpatia, supervisiono seu sono, superintendo sua saúde, supro suas solicitações, sigo suas sentenças, segredo seus segredos.
Sondo seus sentimentos ...seriam sempiternos ?
Só sei, sou seu. Sem simpósios, sentencio: seja sem-cerimônia, sancione salvo-conduto. Simbolicamente, saxofones soam semibreves, semicolcheias, semínimas, semifusas, sustenidos, subgraves, semitons, suplicando seu sexo, senão,... sucumbo.
Sem simulacros, seu sutiã seqüestra sua sexualidade setentrional.
Sem sutiã, sem soquete, somente sandália, sua sensualidade, sua sexualidade sulistas sobram superabundantes, salientes, suculentas.
Seminua, sarada, sem silicone, sexy, suscita suplícios sem-par. Socorra seu servo. Sobejam sentimentos. Sou seu soalho, suplante seu subalterno.
Selvagem, sente-se sobre seu súdito...sou seu selim, sua sentina, sua sela, Secrete suor sobre seu seguidor. Sou simples salada sem seu sal, sua soja.
Salive suficientemente... sou sua sacarose. Sangro sem sua salvaguarda.
Saudades ! Sozinho, solitário, sobra sarjeta.
Seja santuário, sinagoga, seita, Santa Sé...serei seminarista, santeiro, sacristão, samaritano, sectário. Seguirei seus Salmos, sem sacrilégios, sem sacrifícios.
Sem semáforos, sem sinaleiras, sou senda sinuosa, sem saída.
Sou seu sequaz. Sou sentinela sequioso. Sou sesmeiro... seja sesmaria. Seja sítio... semearei sistematicamente seu solo. Seja solo... serei semente.
Sou sua sílaba... soletre. Sou sua sardinha, seu ... seja samburá.
Seja salmoura...salgue seu salmão. Sincronizemos, sinergicamente, simbioticamente. Sim, somos simétricos. Seja Saturno ...serei seu satélite. Sua sensualidade solidifica seu sedutor.
Seja sanfona...serei sertanejo. Seja sangue... serei seu soro.
Seja soprano...serei sua serenata, sua seresta.
Séculos, semanas, sábados, sextas, segundas, sessões, sob Sol, seguirei, sorrateiramente, sua sombra. Sina ? Sorte ? Somos sósias, somos simétricos.
Se subescrever, sou seu sobrenome. Seja substantivo...serei sublinha. Sou seu senador, seu sargento...subsidie seu serviçal.
Seriamente, sou só seu. Seu sabor, suplico. Sim, senhorita, sou solteiro, simpático, sagaz, sapiente. Surpreenda seu súdito, sem sutilezas. Se sugerir, serei sultão (sem sevícias, sem safanões, sem sadomasoquismo)...seja serralho.
Se sou sete, seja seis.
Sofro, sobremaneira, sem seu sorriso.
Se sentir sede, sugue, superalimente-se...sou sua soda, seu sorvete, sua sidra, seu suco sumarento. S
em subterfúgios, sem sarros, sem sermão, sem sarcasmos, sem subornos, solte-se. Sonhe, surrealmente: sou seu super-homem, seu suporte.
Seja selva ...serei seu sabiá, seu símio, sua salamandra, seu sapo, sua saracura... Sou sandeu, sim... seja sanatório.
Suicídio ? Sem surtir, sequer, satisfação.
Sou suscetível, sim. Socorro ! Sou seu simplório servo.
Salve ! Silhueta sem-par... Sibilo. Silvo. Sozinho, sofro, sou subdesenvolvido.
Se submergir, sendo sereia, serei submarino. Se surrar seu súdito, subsistirei. Suspenda setas... serei signatário.
Servil, seu sexo, sôfrego, solicito. Socorro, senhorita ! Solidão ? Suplico (sinal-da-cruz): Saia Satanás ! Separados, segregados, sofremos.
Suba sobre seu súdito...sou sua serra.
Selecione suas satisfações...sou seu secretário.
Serre, seccione...sou sua serra.
Santa, sou seu semideus. Seja sumidade, superiora, suprema...serei seu subdelegado.
Silêncio ? Saia ! Sou seu som, sua sintonia.
Sem sono, senhorita ? ... Sou seu sedativo.
Sou sepulcro, sarcófago, sepultura...sozinho, sofro soterrado.
Sou sujeito...seja significado, seja subjuntivo.
Seja Sibéria...serei sua sauna, seu suéter.
Seja sala...serei salão.
Seja shopping suntuoso... serei saguão, seções.
Seja sede...serei subsidiário.
Sem sossego, suplico, sussurrando, seu socorro.
Seja sabre...serei seu samurai.
Sou senzala...seja sinhá. Sob sereno, sob saraivas, serei seu sapê.
Sonho ser seu. Seus sinais sensuais seduzem seu súdito.
Se se sujar, serei seu sabonete, seu sabão, seu "shampoo" .
Sozinho, sobra solilóquio.
Síncope, sinusite, sarampo, septicemia, supuração, sânie, surdez, surtos, sintomatologias (sinas, sintomas) somáticas... seu socorro sara seu servo Sobreviverei, sem seqüelas.
Serei são.
Sozinho, sou secarrão, semimorto.
Sou subordinado, serviçal, sem ser sacripanta, songamonga, sujo.
Sou seu suflê, seu sanduíche, sua salsicha, seu salpicão, seu salame, seus salgadinhos sortidos...sacie-se.
S.O.S.
Sim, sós... (sem sogra, sem sobrinhos, sem sicranos).
Síntese, sinopse sobre sobredito: sou seu súdito!

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